PONTA GROSSA

07/09/2011 09:53

 
- As pombinhas na história de Ponta Grossa
          
Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
 
- O povoamento
 
Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território
paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas.
Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa.
As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
 
- O crescimento e desenvolvimento
 
Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade. 
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa.
Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
 

 
O nome Ponta Grossa é de origem geográfica, constituindo-se em referência a uma colina de grande diâmetro coberta por um capão de mato. Essa colina podia ser vista de longa distância por todos aqueles que viajavam pela região. Existem relatos de que os tropeiros quando estavam chegando aos arredores, referiam-se ao lugar, afirmando: “Estamos próximos ao Capão da Ponta Grossa”.
Porém, existem outras histórias. O escritor Manoel Cirillo Ferreira escreve que, Miguel da Rocha Carvalhaes, proprietário de terras na região, teria mandado seu capataz de nome Francisco Mulato, escolher um local para ser a sede da sua fazenda. O empregado então, percorreu a região escolhendo um lugar com terras boas para o cultivo e ao retornar, perguntado onde seria o local, afirmou: “É encostado naquele capão que tem a ponta grossa”.
Outro escritor chamado Nestor Victor relata que, “Miguel da Rocha Carvalhaes doou as terras necessárias para a origem do povoado. O local passou a ser assim chamado, devido a um capão próximo aos seus terrenos que formava uma ponta grossa”.
Essas são histórias que fazem parte de nossa tradição, mas não se pode esquecer, que o nome de nossa cidade decorre de uma colina com características próprias da vegetação local.
 

  • Altitude Média: 975 metros
  • Latitude: 25º 09’ S
  • Longitude: 50º 16’ W
  • População Total (Hab): População estimada em 2009: 314.681habitantes (Fonte: IBGE - 2010)
  • Área total do município (km2): 2.112,6 (km²)
  • Municípios Limítrofes:
    Norte: Carambeí e Castro
    Sul: Palmeira e Teixeira Soares
    Leste: Campo Largo
    Oeste: Tibagi e Ipiranga
  • Distritos: Guaragi, Itaiacoca, Piriquitos e Uvaia.
  • Temperaturas:
    Média Anual – 17,6 ºC (2008)
    Mínima – Junho - 0,0 ºC (2008)
    Máxima - Dezembro – 33 ºC (2008)
  • Período:
    Seca: junho, julho, agosto e setembro
    Chuva: janeiro, abril e outubro
  • Clima:
    Sub-tropical Úmido Mesotérmico.
    Cfb – Subtropical Úmido Mesotérmico: temperatura média no mês mais frio abaixo de 18°C (mesotérmico), com verões frescos, temperatura média no mês mais quente abaixo de 22°C e sem estação seca definida. Ocorre em boa parte da zona do primeiro planalto e nas porções mais elevadas do segundo (onde está inserido o município de Ponta Grossa) e o terceiro planalto, no centro-sul e sudoeste paranaense.
Fonte: Plano Diretor Participativo
  • Hidrografia:
    Área bem irrigada por ampla rede hidrográfica, onde se destacam os rios: Tibagi, Verde, Pitangui, também o Arroio da Chapada, além das bacias hidrográficas do Botuquara, Cará-Cará, de Olarias, do Rio da Morte, Arroio Terra Vermelha, Ribeirão Quebra-Perna,etc. Tais bacias são relativamente pequenas, mas, devido a sua cobertura vegetal de retenção de umidade, permitem um desaguar relativamente rápido para as calhas destes cursos d’água.
  •  Principais atividades econômicas: Indústria, comércio, pecuária e agricultura, o turismo encontra-se em desenvolvimento.
 

SÍMBOLOS MUNICIPAIS
Brasão Bandeira
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 FONTE PMPG